Por Miriam Leitão / O Globo
Tão importante quanto baixar as tarifas é aumentar a transparência sobre como elas são calculadas. Governadores e prefeitos, nesse momento, podem reduzi-las ou cancelar aumentos e, mais adiante, quando as manifestações de rua passarem, voltar com os reajustes.
Precisamos de transparência. A palavra-chave é essa. Ninguém entende muito bem como são calculadas as tarifas do transporte público. As planilhas dos custos das empresas têm de ser abertas, porque é uma caixa preta.
Nos últimos cinco anos, o governo federal abriu mão de R$ 22 bi destinados à infraestrutura de transportes. Fez isso subsidiando a gasolina, ao retirar a Cide, imposto que incidia sobre o combustível, incentivando o carro particular e prejudicando todo mundo.
Meu comentário: Governadores, prefeitos e tribunais de contas não podem mais fugir da raia. A população cobra a abertura da caixa-preta do transporte. Mas as empresas do setor, que provavelmente, são doadores de campanha querem?
Quanto ao incentivo da gasolina para o carro popular não foi prejudicial, prejudicial é a falta de infraestrutura, de mobilidade urbana. A população de baixa renda também quer ter seu bem móvel. Eles não tem culpa de que as obras de viadutos em Manaus feitas pelos gestores anteriores pensaram sempre no agora, obras como essas precisam ser pensadas para o futuro, com base nas estatísticas de possibilidade de crescimento. Um exemplo disso foi a obra de construção do Aeroporto Eduardo Gomes construído em 1976, que não descartou, na concepção do projeto, o crescimento populacional consequente, logo sua base foi totalmente planejada visualizando o futuro, o que gerou uma economia de recursos.

Nenhum comentário:
Postar um comentário