Por Ricardo Maia
Qual o fundamento de toda esta manifestação? Quem está por trás disso? Quem ganha e quem perde com todo este movimento? Na verdade são perguntas que ficarão por algum tempo sem resposta clara e direta, mas, cada um de nós sabe de nossas reivindicações, dos nossos problemas, sobretudo àquelas questões que surgem quando passamos em frente à nova Arena da Amazônia e nos perguntamos para quê tanto dinheiro num evento que tem duração de quatro dias, se nosso futebol está na categoria D do campeonato brasileiro? Se nossas escolas públicas estão sucateadas, e se nossas vias estão, hiperbolizando, piores do que a Europa após a Segunda Guerra Mundial? Se nossa infraestrutura carece de investimento, sobretudo os portos do interior do Amazonas que já receberam recursos para as devidas reformas, ampliação e construção, mas há anos sem finalizar as obras. Sem esquecer a saúde e a segurança pública que necessitam de melhoria contínua.
Qual o fundamento de toda esta manifestação? Quem está por trás disso? Quem ganha e quem perde com todo este movimento? Na verdade são perguntas que ficarão por algum tempo sem resposta clara e direta, mas, cada um de nós sabe de nossas reivindicações, dos nossos problemas, sobretudo àquelas questões que surgem quando passamos em frente à nova Arena da Amazônia e nos perguntamos para quê tanto dinheiro num evento que tem duração de quatro dias, se nosso futebol está na categoria D do campeonato brasileiro? Se nossas escolas públicas estão sucateadas, e se nossas vias estão, hiperbolizando, piores do que a Europa após a Segunda Guerra Mundial? Se nossa infraestrutura carece de investimento, sobretudo os portos do interior do Amazonas que já receberam recursos para as devidas reformas, ampliação e construção, mas há anos sem finalizar as obras. Sem esquecer a saúde e a segurança pública que necessitam de melhoria contínua.
Sinceramente, retruquei na época
em que Manaus foi contemplada como subsede da Copa do Brasil de 2014, mas em
seguida pensei no seu legado: Na infraestrutura, como internet, telefonia, ruas, avenidas e novas vias de escoamento, transporte público renovado, enfim, toda uma cadeia seria movimentada.
Mas ao invés disso nada foi feito e nada será feito. Só um grande monumento em benefício de nada, somente o símbolo de uma megalomania pessoal e de um governo que há
muito tempo engana o miserável com um discurso manjado e falacioso.
Na esfera nacional vale pensar
numa outra coisa, nosso país ainda carece de muito trabalho a ser feito, sem
esquecer que muitos projetos já foram iniciados. Agora, todo governo tem seus focos e diretrizes de
trabalho, trabalhos estes que necessitam ser executados por etapa. Um prédio não
pode ser construído de cima para baixo, existe uma ordem para todas as coisas.
O governo federal atual tem focado em tirar muita gente da pobreza, e isso não se
constrói da noite para o dia. Não se pode ter uma política econômica extremamente
austera quando se têm que tirar milhões de brasileiros da pobreza e extrema
pobreza, isso envolve forças e classes contrárias, além de consequências, que quando ocorrem, precisam ser monitoradas e controladas, neste caso e em termos econômicos, temos a
inflação como exemplo mais contundente.
Na economia existe o conceito do custo de oportunidade, onde o termo é usado para indicar o custo de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social,
causado pela renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam
ser obtidos a partir desta oportunidade renunciada. As correntes neoliberais
reclamam da desaceleração da economia frente a uma política de aumento do poder de consumo e o aumento das classes C e D, um passo que foi dado sabendo-se deste
custo de oportunidade, acontece que estes neoliberais não explicam o custo de
oportunidade neste caso, nublando um debate em prol das grandes castas. Só não comentam que o próximo passo, não menos simples, do Governo agora é unir o poder de consumo atual e demanda existente com a oferta em falta, fomentar a produtividade necessária para se chegar ao equilíbrio desejado. Posso citar a MP dos Portos como decisão importante para esta meta.
O capitalismo, infelizmente, sustenta uma casta
que nunca quer perder nada, que almeja ganhar mais e mais multiplicados infinitamente, que não se importa de fato com aqueles estão abaixo de sua linha de sustentação. Todavia, para diminuir este hiato entre a extrema pobreza e a extrema
riqueza, são necessárias medidas que nunca irão agradar as multinacionais e as forças contrárias, gerando medos e incertezas.
Estas reivindicações que estamos vendo são válidas e
pertinentes, mas devemos cobrar principalmente os GOVERNOS ESTADUAIS e
MUNICIPAIS, que são os receptores e gestores de VULTOSOS volumes de recursos para execução de políticas
públicas, e que na maioria das vezes não são utilizados corretamente. Neste
caso, temos as ferramentas de controle externo: Legislativo, TCE e a população
que mais do que nunca, tem que ser atuante e diligente, fiscalizando e cobrando do poder público a execução das políticas públicas firmadas.

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